sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Grandes Discos que muita gente diz ter ouvido, mas bem poucos se lembram ou na verdade, não o ouviram mesmo, parte I


VELVET UNDERGROUND- “The Velvet Underground” (1969)
    Á primeira impressão, o terceiro e auto-intitulado álbum do Velvet Underground deve ter surpreendido seus fãs quase tanto quanto seus dois primeiros álbuns devem ter chocado a minoria de fãs de música mainstream que os ouviam. Depois de testar os limites de quanto o rock poderia ser musicalmente e tematicamente desafiador em “Velvet Underground & Nico” e “White Heat/White Light”, esta produção de 1969 soa econômica, calma e contemplativa, como se os dois primeiros álbuns houvessem documentado uma festa um tanto maníaca, carregada de anfetaminas e neste a controlada manhã seguinte. (a relativa calma do álbum é frequentemente atribuída a saída de John Cale, seu membro mais vanguardista, no outono de 1968; a chegada de um novo baixista Doug Yule; e o roubo dos amplificadores da banda um pouco antes das gravações começarem). Porém, a exploração lírica do submundo por Lou Reed aqui é apaixonada como em nenhum outro álbum, embora demonstrando uma cordialidade e uma compaixão que algumas vezes nega suas características. “Candy Says”, “Pale Blue Eyes” e “I´m Set Free” talvez estejam mais distantes daquilo que a banda fez no passado, mas “What Goes On” e “Begining to see the Light” deixa claro que o VU ainda amava o rock and roll e “The Murder Mistery” (que mistura e combina quatro narrativas poéticas separadamente) é tão corajosa e descompromissada quanto qualquer coisa em “White Heat/White Light”. Este álbum, comparado aos outros álbuns de estúdio do grupo é o que menos soa como VU, porém é tão pessoal, honesto e comovente quanto qualquer outra coisa que Lou Reed tenha se engajado a gravar.
    (texto de Mark Deming no site All Music Guide.Tradução minha)
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