domingo, 31 de março de 2013

Grandes discos que somente meia-dúzia ouviram, Parte XI

The Slits-"Cut"


A onda punk na segunda metade dos anos 70,veio como uma avalanche de rebeldia e assim como um avalanche logo passou (claro, bandas punks existem aos montes até hoje, mas o pico do movimento foi naqueles anos), mas deixou seu legado na música pop ocidental, derivando de si estilos como o new wave, o art-punk e o hardcore. The Slits é uma banda feminina única: a vocalista é uma adolescente alemã, que cantando com um sotaque fortíssimo foi a inspiração clara no modo de cantar da cantora Björk e a bateirista Palmolive é um primor no quesito criatividade. As canções podem ser rotuladas de art-punk, pois vão além dos três acordes, principalmente pelo modo de condução e o tempo.Começando com "Instant Hit", maravilhoso arranjo com contrapontos vocais quase atonais e detalhes de flauta doce, falando sobre o amor à um rapaz que acaba se encontrando com outra figura feminina, a heroína ("he is set on self-destruct"), com "Though" temos uma espécie de homenagem aos dois integrantes mais famosos do Sex Pistols, com tambores primais e riffs minimalista; a interessante crítica ao capitalismo em "Spend, spend,spend"; "Newton", um marido como todos os outros que passa seus dias 'Sniffing televisena or taking footbalina" em bom inglês cockney. Segue "Ping Pong Affair", muito criativo musicalmente, uma espécie de funk com o compasso errado, e que narra sobre um relacionamento cheio de idas e vindas, passado brilhantemente à melodia.O manifesto feminino (mas não feminista) de "Typical Girls", e a maravilhosa versão de "I heard through the Grapevine".

A capa do álbum mostra as integrantes da banda, semi-nuas (e sempre lembrando que uma delas tinha 17 anos), cobertas de lama e vestida como primitivas. The Slits é um disco único.

Link para download: http://depositfiles.org/files/rf80063gs


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