quarta-feira, 4 de julho de 2012

Estórias com Moral, Parte II

O melhor amigo do inimigo


O amigo devia para todo mundo no bairro, da mãe para baixo. Ele tinha uma pessoa para a qual mais devia, que era o melhor amigo. Ele também devia (muito) para Carlinhos Boca Brava, deixando inclusive este último com o nome sujo na praça. Carlinhos Boca Brava para fazer jus a alcunha, resolver dar um basta aquela situação, pegou sua arma, um revólver 38, e foi até a casa do devedor. No caminho encontrou o melhor amigo do devedor, que ao saber das intenções do Boca Brava tentou demovê-lo da intenção. Boca Brava ficou bravo, matou o melhor amigo do inimigo, foi preso logo em seguida e pegou 10 anos de cadeia, morrendo 2 anos depois em uma briga dentro do presídio. 


Moral da estória: o devedor se livrou de duas dividas.






A comida


Um homem entrou em um restaurante. Serviu-se no bufê, e sentou-se próximo a porta. Uma dupla de assaltantes entrou logo em seguida e fez a tradicional coleta no caixa e por extensão nos clientes. Ao chegarem no homem da nossa estória, que mal havia começado a comer, um deles disparou em tiro certeiro na boca do homem, por estar a boca deste (do homem) suja de feijão.


Moral da estória: O homem morre pela boca e nem só de pão vive o homem, mas morre também.


O sermão do Padre 


Era um frio dia de inverno, e poucos vieram ao culto da manhã de domingo. O padre local sentindo a falta de devoção e comprometimento do seu rebanho, fez um sermão severo professando que hoje aqueles que buscam o calor de suas casas e se esquecem de Deus, buscarão o mínimo dos frios para refrescar o mínimo que seja o calor dos infernos. Nisso, uma senhora de seus 77 anos se levantou, e foi embora. O Padre interrompeu o sermão e questionou-a sobre isso, e ela respondeu: "se a gente vai para o inferno só por causa de querer um pouco de calor e conforto, então Padre, se eu for ver os pecados que eu fiz durante a vida, não adianta mais ficar aqui passando frio."


Moral da estória: Ela morreu no caminho de casa. Se foi para o inferno, eu não sei.













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