sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Grandes Discos que muita gente diz ter ouvido, mas bem poucos se lembram ou na verdade, não o ouviram mesmo, parte VI

Kraftwerk-Trans-Europe Express (1977)

Quando o Kraftwerk gravou "Trans-Europe Express" eles já eram veteranos no campo da música eletrônica, isso em uma época em que a música eletrônica ainda engatinhava no mundo pop. Eles haviam absorvido todo o estudo dos precursores eletrônicos, em especial o maestro e compositor alemão Karlheinz Stockhausen, que fez alguns trabalhos interessantes no campo, mas muito mais teóricos do que realmente musicais. Por isso, a crítica da época por vezes escrevia que o Kraftwerk fazia 'anti-música', sem vida e mecânica, o que não é verdade. Apesar do ritmo ser realmente parecido com os 'tic-tacs' dos metrônomos, há boas melodias na obra do grupo. O disco comentado aqui trazia o grupo no seu auge, e talvez junto com  alguns trabalhos do italiano Giorgio Moroder, o nascimento da música eletrônica pop, que culminaria já na década seguinte e explodiria nos anos 90 e 2000. Claro, se a molecada de hoje for escutar Kraftwerk vai achar provavelmente um tédio, porque o grupo se considerava estudioso, quase considerado música erudita e fazia música como tal, por isso, a música dos alemães é só para os já iniciados, embora em "Trans-Europe Express" possua uma música cuja base foi utilizada dezenas de vezes, e falo da misteriosa "Hall of Mirrors". A faixa inicial "Europe Endless" é regida pela tradicional base mecânica da banda, mas ela hipnotiza o ouvinte, assim também como a faixa-título e "Metal on Metal".
O Kraftwerk faria apenas mais um disco relevante, o "Computer World" e produziria apenas um semi-hit mundial, "Das Model", cuja abertura é facilmente reconhecida. O legado do Kraft é inestimável: sua música tida como 'fria' e "mecânica' acabaria gerando alguns anos depois as raves, esse festival jovem da energia e da pulsação.

Link para download: http://depositfiles.com/files/db6ahu78i

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